segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Agora que já tenho emprego, falta-me a roupa, que isto não se vai trabalhar com um trapinho qualquer. A outra empresa onde trabalhei era muito informal, desde que não fosse de shortinho estava tudo bem. Já esta é completamente formal. Tenho dois outfits apropriados, não mais que isso. Preciso de todo um novo guarda roupa. Mas onde é que eu o vou desencantar assim de repente? Hoje já estive na Zara. Não tinha grande coisa, mas segundo consta as outras tão cheeeeias. Amanha é enfiar-me no El cort ingles e nas Zaras e esbanjar dinheiro como se fosse rica. Vai ser bonito!

Emprego à vista!

Já andava a pensar em emigrar, já tinha um post pensado sobre essa temática e surpresa das surpresas: fui seleccionada na entrevista da senhora estranha. Yeah! Agora é celebrar e mostrar todo o meu valor, que tenho algum!



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Querer ser sexy e não ter como

Quando era miúda tinha muitas paixonetas. Nenhuma se concretizava, muitas vezes porque eu tinha vergonha e medo que a minha irmã soubesse e contasse aos meus pais, outras porque não eram correspondidas. Felizmente passavam todas rápido. Todas menos uma. O Fábio. O Fábio era filho de emigrantes em Luxemburgo e vinha passar todos os Verões à casa da avó, vizinha da minha. O Fábio era um pedaço! Todos os anos, meses antes de ele chegar já eu pensava em mil coisas para fazermos juntos. Quando ele partia a tristeza instalava-se em mim. Ainda trocávamos umas mensagens, mas rapidamente percebíamos que a elas estavam associados custos que não podíamos suportar e que aquelas conversas não serviam para nada. Foi o meu amor platónico. Correspondido, mas impossível. Era impossível trocar um beijinho com o Fábio sem que irmãos, pais e avós tomassem conhecimento. Ele bem que tentava, mas aqui a menina esquivava-se sempre.

Lembro-me de um ano em que na véspera de ele se ir embora eu chorei agarrada a ele. Ele prometeu que no dia seguinte antes de partir, ia à casa da minha avó despedir-se de mim. Ele não percebeu a parte de não tornar as coisas demasiado óbvias lá para casa. Eu já tinha o momento preparado: despedir-me dele com aparente indiferença e com um sorriso. Mas ao mesmo tempo vestir uma roupinha sexy, para ele se lembrar de mim assim. Acontece que aos 13/14 anos, eu ainda não tinha a noção de sexy bem definida. Assim como também não tinha esse tipo de roupas. Então o que vesti eu? Umas calças de fato treino justas no rabo e ancas, que iam alargando mais para baixo. O conceito estava lá: não mostrei nada, mas mostrei tudo. A mini saia, que na altura se usava imenso, estava fora de questão, pois sempre que vestia uma ele olhava descaradamente e ainda dizia uma ou outra piada. Não era o que se queria em frente à minha avó. A isto eu chamo ser sexy e não poder. 

Agora, os meus leitores mais fofoqueiros anseiam por saber como terminou a história que não começou com o Fábio. Eu esclareço. Nesse dia, logo depois de ele se ir embora, fui chorar para o quarto. Para quem queria ser discreta a coisa não correu muito bem. Nos Verões seguintes a história repetiu-se, tirando a parte de querer vestir algo sexy, já tinha tomado juízo. Entretanto, um dia fui andar de bicicleta com a minha mãe, que tinha ficado um pouco mais para trás. Passei pela casa dele e, acaso dos acasos, ele estava à porta. Não percebendo que a minha mãe estava atrás de mim, lançou um piropo que expressava o quanto gostava de mim de uma forma menos apropriada. Resultado: a minha mãe contou aos pais e avós dele. O rapaz levou umas palmadas e foi obrigado a ir lá a casa pedir-me desculpa a mim e aos meus pais. Eu fiquei proíbida de o ver ou de falar com ele. E acabou assim. Nunca mais nos vimos a não ser pela janela. Entretanto outros valores se levantaram e eu comecei a ir passar as férias de Verão no Algarve.

Muito importante, não sei como me esqueci: o Fábio era um ou dois anos mais velho e, muitas vezes, não sabia conjugar os verbos. Não era um charme, um amor? Irresistível, não fosse eu uma menina ajuizada.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Acidentes domésticos

Como sabem, ontem foi dia de entrevista. Nesses dias, gosto de ir especialmente bonita, sem exageros. Levantei-me cedo e bem disposta - aliás, sempre que vou a uma entrevista, apesar de começar a ficar cansada, acordo bem disposta. Sinto que é um dia bom, que pode marcar um novo começo - e fui arranjar-me. Ao esticar o cabelo, distraí-me com a televisão e bati com a prancha na testa. Besuntei-me com creme, mas não evitou que ficasse com uma marca castanha na testa. E assim fui eu para a entrevista. Na altura ainda estava castanhinha. Hoje está castanha escuro, como se tivesse caído e raspado com a testa no chão. É outro charme, mas e se ficar com marca para sempre?

Alerta rugas

Às vezes gosto de me colocar em frente ao espelho e a apreciar toda a minha beleza. Acontece que hoje a coisa não correu muito bem. Detectei rugas na zona dos olhos. Não muitas, não muito acentuadas, mas caramba, são rugas! Ainda não consegui perceber que tipo de rugas são, se rugas de expressão que já cá moram há muito tempo e eu nunca me apercebi, ou se rugas de idade. Não me aborreeeeece, mas aborrece-me um bocadinho, pelo menos até me esquecer - amanhã.

A isto das rugas, podemos acrescentar os cabelos brancos. Aos 18 anos detectei o primeiro, arranquei-o. Fui encontrando mais uns de vez em quando e também os arranquei. Disseram-me que fazia mal arrancar os  cabelos e optei por começar a cortar o mal pela raíz. Mas começa a ser problemático, porque o número de cabelos brancos começa a crescer a olhos vistos e não os posso cortar todos. Ainda não há necessidade de pintar. Ou talvez haja, mas ainda não estou psicologicamente preparada para assumir descaradamente que estou a envelhecer. Até lá, vou cortando. O chato é que os brancos só aparecem nos cabelinhos da frente, portanto se um dia se cruzarem com uma maluca com uma farta cabeleira atrás e quatro cabelinhos à frente, sou eu.

O que me sossega é que ainda há muitas pessoas que me dão 18 anos. E que ao pé das minhas amigas pareço uma menina. Não fosse eu uma rapariga tímida, era postar fotos de fazer inveja a muitas meninas de 18 anos. Pronto, só tenho 23. Mas a idade já pesa... oh se pesa!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pagar para trabalhar? Hmm, não sei...

Hoje fui a uma entrevista para uma empresa onde gostava mesmo, mesmo de trabalhar. Para além disso, quando soube a função para que estavam a recrutar dei pulinhos de alegria. Era a senhora a descrever a função e eu a rejubilar. Chega ao fim e diz-me que é um estágio não remunerado e sem opção de progredir na empresa. Tipo descartável. Diz ainda que gostou de mim e que estava seleccionada. E agora? Devo continuar a ter vontade de ir para lá trabalhar? 140€ mensais de passe mais o investimento em guarda roupa apropriado. É a isto que se chama pagar trabalhar? Agora tenho que pensar e dar uma resposta. 

Como muitas outras coisas, estas situações chateiam-me! Foi-me explicado que nesta empresa onde eu tanto gostava de trabalhar, por cada consultor há um estagiário. Assim como noutra empresa onde eu trabalhei, pouco menos de metade dos colaboradores também eram estagiários. Sem receber um tusto. E como o meu pai diz, criar uma empresa onde metade dos colaboradores não são pagos, parece-me um bom negócio.

É triste ter que fazer algo que não me satisfaça ou que não seja da minha área, porque a maioria dos trabalhos para os quais tive a estudar durante cinco anos e de que realmente gosto são estágios não remunerados.

Ainda assim, estou a ponderar e com muita vontade de aceitar. Mas quando penso nos custos...

Ah, como é que eu me esqueci destes?

Ainda na parte das pessoas que me irritam, já que estamos a falar de trânsito, lembrei-me de mais dois tipos de pessoas:

- As que vão na faixa da esquerda ou do meio na autoestrada a molengar. Porquê, senhores? Porque motivo hão de ir nessa faixa sem ser para ultrapassar ou andar mais depressa que os outros? É estilo?

- As que andam, também na autoestrada, com os médios ligados. Eu sei, eu sei, que há alguns carros que ligam automaticamente a partir de determinada velocidade. Mas é presunção! "Ah, vejam-me, eu venho aqui, desviem-se".

E pronto, agora é o momento em que vão ficar a pensar que eu sou uma avozinha na estrada. Mas não, apenas sou facilmente irritável.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pessoas que me irritam #1

Sou um pessoa sensível e, como tal, há vários comportamentos e atitudes que me deixam transtornada. Os autores de tais comportamentos são quase sempre chicos espertos ou pategos de BMW. E irritam-me. Muito. Esta rubrica vai servir-me de terapia. Vou gritar aos sete ventos o quanto os odeio. 

Para começar, falemos das pessoas que estão atrás de nós num cruzamento e buzinam. Como é que eu hei-de explicar...? Se eu estou preparada num cruzamento é porque vêm carros e ainda não posso passar. Assim sendo excelentíssimo palhaço do carro de trás, pode buzinar tantas vezes quanto quiser,  que eu só vou passar quando puder. Ou então vou demorar mais um bocadinho só para o chatear.

E já que estamos a falar em situações de trânsito, lembrei-me de outro tipo de pessoas. As que vão na autoestrada assim coladinhas a nós. Tenho por hábito andar o mais à direita possível, ultrapassar, encostar. Acontece que muitas vezes nas ultrapassagens vou parar a faixa da esquerda. E não ando a mais de 140 km/h. Ora vejamos, se eu estou a fazer uma ultrapassagem e já vou mais depressa que a velocidade permitida, não vou encostar antes de fazer a ultrapassagem ou andar ainda mais depressa porque o badameco do carro de trás assim o deseja.

Estas pessoas irritam-me. E tenho para mim, que quem dá a buzinadela, também faz a pressãozinha na autoestrada. Mas agora que desabafei, sinto-me tão mais leve.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

1,2,3... vamos lá outra vez

Rufus. O piqueno que apanhei da rua.

Meia hora de treino diário. Cama, senta, deita, aí. Faz tudo menos o aí. Mal eu me sento ou deito na cama, vem a correr e atira-se para cima de mim. E como ou ele fica bem, ou eu fico bem, lá tive que o fechar. Sinto-me a pior pessoa do mundo, mas não posso estar a noite toda a sentar-me e a levantar-me da cama. Das duas uma: ou o bobi deve um bocado à inteligência, ou eu sou muito má nisto dos treinos. Mas não vou desistir!